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O Artesanato de Guimarães materializa, atualmente, a memória de determinadas atividades outrora inseridas no panorama industrial local.
Da história económica e industrial de Guimarães preservaram-se ainda as técnicas artesanais aplicadas na produção dos bordados, na tecelagem, na curtimenta e acabamento de peles, confecção de vestuário e fabrico de calçado, na escultura em madeira e tanoaria, no trabalhar o ferro, na latoaria e na cutelaria e no fabrico de miniaturas.
Apesar das naturais diferenças, o conjunto dos ofícios possui um objectivo comum: projectar a tradição no futuro e, sem a sacrificar, adaptá-la aos usos contemporâneos. O artesanato de Guimarães alia, deste modo, a autenticidade secular do fabrico artesanal a formas que apelam e servem as necessidades de um consumidor actual exigente e conhecedor das suas mais-valias.

Bordado de Guimarães
O Bordado de Guimarães foi influenciado pelo designado “bordado rico”, difundido no século XIX e miscigenado com o dito “bordado popular de Guimarães”, usado para decorar os trajes no final do mesmo período.
O Bordado de Guimarães transformou-se ao longo dos tempos e revestiu-se de um conjunto de características muito específicas que lhe garantem unicidade. Atualmente, procura implantar-se num mercado conhecedor e exigente que procura a mais-valia de um produto certificado.
Tecelagem
A arte de tecer esteve sempre muito ligada ao ambiente doméstico. Todavia, com a industrialização crescente, a partir da segunda metade do século XIX e acentuada nos inícios do século XX, o sector têxtil ganhou em Portugal o lugar cimeiro no panorama industrial da época. O tear manual passou a ser relegado para objecto de memória familiar mas as técnicas ancestrais foram passando de geração em geração e, afortunadamente, chegaram preservadas até hoje.
Olaria, Cerâmica, Cerâmica Figurativa e Azulejaria
A atividade da olaria em Guimarães remontará ao século XIII e localizava-se fora do perímetro amuralhado do burgo. A Cantarinha dos Namorados, como é conhecida, torna-se num dos objectos mais icónicos para a cidade.
Atualmente, a atividade da cerâmica é praticada por um conjunto de artesãos que exploram a tradição dos modos de fazer e, simultaneamente, inovam as formas, indo de encontro às necessidades do mercado actual. Na cerâmica figurativa abunda a feitura de santos, presépios e outras alegorias e em azulejaria encontramos a produção de painéis em vários formatos.
Curtimenta e Acabamento de Peles
A Arte de curtimento de peles, desenvolveu-se seguindo os cursos de água corrente, essenciais para a indústria de curtumes. As principais instalações situavam-se na zona de Couros, assim denominada desde a Idade Média. Em torno dos curtumes floresceram outras actividades: calçado, vestuário e artigos de correaria, sendo que, ainda se mantêm os seus moldes artesanais.
Madeira e Tanoaria
Ao longo dos tempos, eram vários os ofícios ligados ao trabalho da madeira: entalhadores, escultores, douradores, carpinteiros, tanoeiros, etc. Utilizava-se sobretudo as madeiras locais, como o carvalho, o castanho, a nogueira, a cerejeira e o salgueiro. Atualmente preservam-se as técnicas do trabalho em madeira na escultura de vulto e nos painéis de alto-relevo. A tanoaria ainda se mantém e aplica-se no mobiliário rústico onde são aplicadas as formas dos tampos usados no fabrico dos pipos.
Ferro, Latoaria e Cutelaria
A técnica de trabalhar o ferro mantém-se segundo processos tradicionais milenares. Encontra-se presente em aplicações artísticas notáveis, tais como no caso da arquitectura portuguesa. Atualmente, surgem variadas aplicações de carácter decorativo, utilitário e figurativo, sendo comum o uso do ferro em representações iconográficas e zoomórficas.
Os ofícios da latoaria e cutelaria mantêm-se fiéis às tipologias tradicionais de uso doméstico. O funileiro produz as canecas, os baldes, os regadores, etc. Em Guimarães, na primeira metade do século XX, a cutelaria era uma das atividades mais sustentáveis no panorama industrial. Hoje em dia, ainda se aplicam as técnicas artesanais na feitura de talheres em metal.
Cantaria e Escultura em Pedra
O ofício de trabalhar a pedra é milenar e associado ao edificado. Em Guimarães, como por quase todo o norte de Portugal, era usado o granito, muito abundante na região. Tal como a cantaria, a escultura também usa o granito como matéria-prima na concretização de variadíssimas figuras de vulto perfeito.
Instrumentos Musicais
Guimarães foi outrora um núcleo de produção de Violas. Existem notícias da indústria violeira vimaranense desde o século XVII. A feitura de instrumentos musicais de percussão é também uma atividade com bastante tradição, dada a festividade em honra de S. Nicolau. Existem ainda artesãos que se dedicam à feitura deste tipo de instrumentos musicais.
Miniaturas
As miniaturas mais frequentes são de alfaias agrícolas, de antigos instrumentos de fabrico, tal como o tear manual e até mesmo de imóveis ligados a antigas atividades económicas, como os moinhos tradicionais, ou, réplicas de monumentos.
O trabalho assenta, sobretudo, na perícia de cada artesão em conseguir reduzir em pormenor a escala de variadíssimos objectos.
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