');

Banco de Materiais da Câmara Municipal do Porto

A autarquia do Porto foi pioneira na criação de um serviço inovador, o Banco de Materiais (BM), vocacionado para a salvaguarda dos mais variados materiais de construção e ornamentação do edificado portuense. Premiado em 2009 e 2013 pelo Projeto SOS Azulejo e selecionado em 2015 como caso de estudo (um de 70) com destaque no catálogo online EUROCITIES Culture for cities and regions [catálogo de boas práticas na área da cultura para cidades e regiões].

Com mais de três décadas de existência, o BM está sediado no Palacete dos Viscondes de Balsemão, tendo aberto ao público em 2010 uma exposição/reserva permanente. Neste novo espaço e conceito, o BM alargou o seu âmbito de atuação e consolidou o seu principal objetivo de dar e receber gratuitamente materiais tradicionais com valor patrimonial, com a dupla função de, por um lado, guardar e valorizar os bens de interesse museológico e, por outro, promover a sua correta preservação no contexto urbano, cedendo-os para a manutenção e valorização da imagem identitária da cidade.

O desempenho do BM ao longo da última década salienta-se pelo elevado número de peças salvaguardadas, mais de 44600 elementos recolhidos para depósito e desses mais de 15500 regressaram aos edifícios.

Presentemente o BM desdobra-se no apoio aos serviços de gestão urbanística e aos munícipes que pretendem conservar e reabilitar os seus imóveis. Por isso, a catalogação/inventário dos elementos é uma tarefa de crucial importância para o conhecimento e gestão das existências, seja no edificado ou seja em depósito. Até ao momento, foram catalogados 6000 tipos de elementos cerâmicos (correspondendo ao número de padrões e as suas variantes de desenho, forma e cromatismo). Foram também cartografados 3220 edifícios, dos quais 623 estão no perímetro do Centro Histórico classificado pela UNESCO, em 1996, como Património Cultural da Humanidade.

bty